preTEXTOS curtos

Linhas Curtas e Pensamentos soltos...



“Eu gosto de texto... Ainda que a melodia ajuda na composição, mesmo que a imagem traga entendimento aos olhos... Mas eu prefiro o texto!
Quando leio eu faço a canção, quando leio a imagem se forma na minha cabeça bem mais completa... Quando leio posso até mesmo sentir... Tocar... Eu gosto mesmo é do texto!”

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“Tento entender que maturidade não é um grau, um patamar ou ainda acúmulo de anos, e sim, um exercício diário... Confesso que luto para abandonar certas atitudes do adolescente que viverá eternamente em mim, às vezes consigo e outras tantas não. Contudo afirmo que o exercício maior não é a feitura do meu EU mais maduro e sim o desafio de compreender que também os que me cercam vivem o mesmo processo, alguns progredindo mais que eu e outros sem nem ao menos lutarem”.

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Reaprendendo... Que seja sempre assim... Quando a incompreensão cansar a alma e as circunstâncias acabarem com as possibilidades que eu possa me reinventar. Acreditar que sempre é possível o novo e que os novos caminhos surgem quando aqueles que apostávamos se mostraram diferentes. Nunca nada está perdido, por vezes é necessário olhar por outra janela.

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Acordei no meio da noite, peguei um caderno e, ainda sonolento, escrevi as curtas linhas que se seguem:
Eu estava na Noite Estrelada (Starry Night) de Van Gogh, isso mesmo! Eu estava dentro da tela do holandês. Andei envolto no anil e inicialmente ele me oprimiu, eu não entendia porque havia tanto negrume. Poucos traços brancos apenas corriam de lá para cá e a luz dos astros parecia iluminar apenas eles mesmos.
O autor, que ainda não havia terminado de pintar o quadro, sussurrou no canto da tela onde eu estava: "a noite é muito mais viva e colorida que o dia". Seu sopro leve me entorpeceu e ao caminhar novamente pela Noite Estrelada constatei a afirmativa do artista. Pude entender que o nevoeiro estava apenas nos meus olhos.
Desci do céu e fui visitar a vila do quadro, tentando – ao exemplo dos astros – colorir mesmo durante a noite.  

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Nem tudo é classificável!
Talvez, tentar entender os acontecimento, impor-lhes um rótulo, ou ainda, caracterizá-los como isso ou aquilo seja aparentemente o mais seguro. No entanto, a vida tende a ser surpreendentemente fora do padrão.
E toda a teoria sobre não seguir qualquer teoria é para dizer que o brilho dos seus olhos persistem cravados na lembrança do meu coração! E que seja como for...

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Surpreender-se é vislumbrar sem qualquer previsão.
A mudança esperada não é surpresa...
Sair para viver e caminhar sem roteiro, sentindo o que é proposto, brincando de aceitar e de querer mudar... Isso é mais próximo de surpreender-se. 

Quando estou me acostumando a vida sacoleja e preciso de novas teorias e quando estas parecem certas e completas... Eita que a vida resacoleja!

Aqui dentro, onde guardo os sustos, precisa estar quieto para que eu aprenda ao máximo com o movimento da vida. Porque se assim não for, não há a mínima graça.

#surpresoSEMPREcomavida

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“Tranquilo por saber que as palavras não são para sempre!

Ditas atingem sua meta no instante em que são disparadas. A lembrança fica apenas no intimo do receptor, aquele que disse se esqueceu e em curto tempo já as profana.

Tranquilo por poder seguir em frente. Não guardarei o mantra dito por aquele que já o esqueceu...

Viro a página de nossa história selando cada capítulo com beijos que hoje tu entregas a outro alguém.

A vida segue... Tomando novo prumo, vislumbrando outra vereda, porque há muito que acontecer... Não é possível estagnar, é preciso se abrir ao devir.”

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Colocou no aparelho de som um CD. Deitou na cama e ficou olhando o teto anil. Enquanto começava a introdução e em seguida Cazuza iniciava a canção: “São 7 horas da manhã / Vejo Cristo da janela...”, ele pensava que na vida - algumas vezes - não é suficiente fazer a coisa certa. Alguém vai fazer a coisa errada por você.
Ou melhor, às vezes o que você pensa que é a coisa certa não vai acontecer. – Tudo é espera – continuou ele. O amor é espera e por vezes um desejo sem resposta. A maturidade caleja o coração errante e te ensina que o fim é irremediável... No entanto, não protege o coração.

Secou algumas lágrimas teimosas no canto do rosto e cantarolou:

“Num trem pras estrelas
Depois dos navios negreiros
Outras correntezas”




gilSon alvess

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