A principio e ao longo da narrativa Fiódor mostra o quando conhecia a cidade e não cansa de grafar ricas descrições: “... à vizinhança de casas de prostituição, uma multidão de operários e de artesãos, amontoados nas travessas e naqueles becos sem saída...”.
O protagonista faz o tipo de personagem que mesmo transgredindo regras sociais é digno de ganhar simpatizantes. No inicio da narrativa já nos é claro as reais condições financeiras de Raskólnikov. Ex-estudante de direito e desempregado, ele busca uma velha (Alióna Ivanóvna) para mais uma vez empenhar algo, desta vez um relógio de prata.
Este é o inicio da execução de um plano que há tempos martelava em sua mente, mas que ele relutava em aceitar: “Oh, Senhor, como tudo isso é repugnante. Será possível que eu... Não, são tolices absurdas, completou, resolutamente”. É claro que este plano como o próprio título da obra nos alerta é o crime.
Em torno deste denso personagem surgem as demais figuras. Marmeládov o funcionário bêbado e sua família, Raszumikhin o amigo da faculdade, Pulkheria sua mãe, Dúnetcha sua irmã, entre outros. Com este quadro o autor vai desenhando a complexa personalidade de Raskólnikov e dos que o circundam. Tudo isso entre crime, devaneios, lucidez, convicções e embate de valores.
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IMAGENS:
http://www.codevasf.gov.br/principal/biblioteca/literatura-de-livros/dostoievski-fiodor-crime-e-castigo.jpg
http://palavraguda.files.wordpress.com/2007/09/dostoievski.jpg
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