quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O Terminal, Steven Spielberg


Globalização: o mundo em um terminal

O filme O Terminal é construído em cima de uma falha diplomática: ao se ver “sem país”, Victor Navorski é obrigado a permanecer em um terminal de trânsito internacional.
A principal temática abordada pelo longa é a globalização. O mundo moderno tornou-se uma gigante aldeia, ou seja, as distâncias diminuíram impulsionando a imigração. Atualmente os países se vêem impelidos a controlarem suas fronteiras e a determinar quem entra ou não no Estado. Esse quadro muito se deve a Industria Cultural, seu projeto de homogenialização das massas submete diversas “culturas” a algo comum, hoje ela não atinge somente o interior de um país, mas tem sido internacional.

Victor, que se encontra “cidadão de lugar nenhum”, é obrigado a adaptar-se a rotina daquele terminal. Há uma aculturação, onde é imposta ao homem uma outra cultura, outros costumes. O homem do terminal precisa sobreviver nessa nova casa.

No entanto, para os administradores do terminal, Victor é um problema, um número que deve ser tratado como tal, um indivíduo isolado, um homem massa. Isso é visível quando lhe propõe que declare ter medo da própria pátria, para que assim ganhe asilo dos EUA e possa sair do terminal deixando de ser um problema para eles. Porém a Bullet Theory não funciona com o homem contemporâneo, Navorski tinha influências, aspirações e valores que iam além da proposta apresentada.

O público dessa Cultura de Massa é totalmente absorvido pela superficialidade das produções de massa, a indústria cinematográfica é uma notória contribuinte, porém ainda há diretores, como o de O Terminal, que conseguem escrever nas entrelinha e gerar discussões.

IMAGEM: http://www.cinerox.kit.net/criticas/novembro2/terminal-poster02.jpeg


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