Em um sábado trivial, o trabalho havia deixado em mim uma intensa vontade de prolongar a noite com falação. Felizmente encontrei um sujeito amigo com as mesmas inclinações.
Após o badalar libertador do relógio anunciando o horário de saída - prosseguido de mais uma hora, pois neste dia meu amigo havia entrado mais tarde – estávamos porta a fora do serviço, soltos na noite do centro paulistano.
A idéia inicial era encontrar um lugar em que pudéssemos conversar sobre a vida. Debater teorias já discutidas e discutir outras tantas nem sonhadas...
Fomos até um barzinho especializado em vinhos e depois de alguns minutos falávamos como os jovens de 1968 (isso é o que diria Zuenir Ventura se apreciasse a cena). Falamos da política atual do país (não que a entendêssemos), falamos de música, de sexo, de sexo e música... Alguns assuntos foram insistentes!
Horas depois eram os risos engasgados pelas confidências, o vinho suave lavando a alma e a enorme tigela de batata frita sem sal o que davam o tom da conversa.
- Aquela da Legião... Como é?
- Hum aquela que diz assim...
- Isso! Vamos cantar até chegar na parte que eu quero!
A conversa se alongou até quando podia. Tornou-se para nós um marco de comprovação da frase de Garth Henrichs: “A gente não faz amigos, reconhece-os”. Depois da meia noite o barzinho baixava as portas, sendo assim, levamos para outro canto a nossa conversa de boteco.
IMAGEM:
http://www.bardoescritor.net/mesa_de_bar.jpg
“A gente não faz amigos, reconhece-os” adorei a frase! Realmente vejo meus amigos como conhecidos de muito tempo, se reencontrando para matar a saudade e vive novos coisas juntos
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