quarta-feira, 27 de abril de 2011

Lucidez no dissimulado ventilador

Ah desgraçada consciência! Como joga na minha cara que estou a beira de um colapso?

Sem perspectiva, sem amor, sem sentido para essa porção de ações vazias... Que se fodam os passivos! Vamos jogar querosene, vamos questionar, vamos por tudo abaixo, quem sabe algo se ergue sobre a razão.

O meu delírio é líquido espesso carregado de fortes emoções, de velhos desesperos, de novas desesperanças e de alguma destemperança. Que se mantenha a casca, já que minha face não consegue expressar tal feição.

Vegeto no mundo das vaidades ou tomo a forma retrógrada dos porra-loucas? Chico ou Caetano? Tucanos ou Petistas? Direita ou Esquerda? Ahhh!!! Danem-se!

Aos loucos cabem a Razão, claro, à margem de toda e qualquer teoria cientificamente comprovada. A minoria lúcida em meio a massa em transe... Quem vai entender o que eu senti? Quem vai racionalizar o meu drama sem ofensas?

Não tente entender a lucidez espirrada no papel... Tolerância com as frases deslocadas. A dissimulada consciência coletiva às vezes até me consola.


IMAGEM: Nublado, 1917 – Wassily KANDINSKY

http://sp9.fotolog.com/photo/41/3/2/tamiuz/1250316441841_f.jpg

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