“... afinal de contas sempre fui um desconhecido para mim mesmo...”
Se em seus romances Caio Fernando Abreu apresenta-se mais próximo a realidade, mesmo diante das metáforas tão acertadas, é em seus contos que ele senta para sonhar. Curva paredes que eram concreto puro, brinca de ser lúdico, surpreende em não responder com o que era esperado.
Talvez seja exagerado dizer - culpa da nostalgia de quem anda descobrindo Caio - mas o autor tem um tanto dos pioneiros que li. Uma gana por desenhar algo diferente do que de costume ou uma ânsia por compor o que ainda não nos é contemporâneo: desejo de escrever o que virá, esse é Caio.
Os contos de Fernando são soltos, mas precisos. Eles continuam no leitor e ganha nova significação na individualidade de quem com eles se envolve. Ora densos, outrora leves, mas sempre acentuados no desejo de expressarem a realidade dos sentimentos: “... estou acostumado com a incompreensão alheia, com a minha própria incompreensão, mais do que tudo”, diz o autor em Eles.
Seus personagens - escondidos em guarda-roupas, perseguidos por gravatas ou revestidos de metal – demonstram sempre, em meio suas paranóias pessoais, o quão são humanos: “... a gente tem tanto medo de penetrar naquilo que não sabe se terá coragem de viver...”, confessa o narrador em Para uma avenca partindo.
Um sentimento novo a cada conto, vale a pena ler!
Veja também: Onde andará Dulce Veiga?, Caio Fernando Abreu.
Talvez seja exagerado dizer - culpa da nostalgia de quem anda descobrindo Caio - mas o autor tem um tanto dos pioneiros que li. Uma gana por desenhar algo diferente do que de costume ou uma ânsia por compor o que ainda não nos é contemporâneo: desejo de escrever o que virá, esse é Caio.
Os contos de Fernando são soltos, mas precisos. Eles continuam no leitor e ganha nova significação na individualidade de quem com eles se envolve. Ora densos, outrora leves, mas sempre acentuados no desejo de expressarem a realidade dos sentimentos: “... estou acostumado com a incompreensão alheia, com a minha própria incompreensão, mais do que tudo”, diz o autor em Eles.
Seus personagens - escondidos em guarda-roupas, perseguidos por gravatas ou revestidos de metal – demonstram sempre, em meio suas paranóias pessoais, o quão são humanos: “... a gente tem tanto medo de penetrar naquilo que não sabe se terá coragem de viver...”, confessa o narrador em Para uma avenca partindo.
Um sentimento novo a cada conto, vale a pena ler!
Veja também: Onde andará Dulce Veiga?, Caio Fernando Abreu.
IMAGEM: http://imagem.casasbahia.com.br/Control/ArquivoExibir.aspx?IdArquivo=6262105
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