Por entre suas mãos cansadas deixou a noite escorrer. Foram três ou quatro horas de sono e não suportaria mais que isso: sempre alerta! Quando em pé, apertava no peito uma ansiedade de tudo o que cabia num abraço, mas ainda não, calma menino, ainda não!
Naquela manhã, ao lado da cama, se alongava afastando o amarrotado do ontem. Quanta coisa ele queria esquecer.... Outras tantas fazer diferente, mas a manhã não dá tempo para reflexão e o dia tende a correr para acontecer: os ponteiros frenéticos somando segundos, minutos e as horas passando.
Vestiu sua armadura e abriu a porta de casa com o coração já sob muralha: homem sem temor! Que ninguém o visse desguarnecido! Que ninguém soubesse que podia amar e que depois da noite ele, menino, sempre amanhecia.
gilSon_alvess
Imagem: Arquivo Pessoal
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