terça-feira, 18 de outubro de 2011

O Senhor dos Anéis, J.R.R. Tolkien

A história narrada nessa obra é sequência dos dias descritos em O Hobbit. A Sociedade do Anel é a primeira parte da trilogia O Senhor dos Anéis que conta sobre o fim da terceira era da Terra-média.

Frodo recebe de herança o Um Anel de seu tio Bilbo Bolseiro (conquistado em O Hobbit) e descobre através de Gandalf o mal que a jóia carrega. O pequeno hobbit teme ser o portador do anel, mas a sabedoria do mago lhe sustenta nesse primeiro momento: “Tudo o que temos de decidir é o que vamos fazer com o tempo que nos é dado”. É a partir deste fato que começa a saga do anel e (como propõem o titulo da primeira parte) se forma a sociedade, um grupo de amigos que ajudará Frodo em sua empreitada: destruir o Um Anel.

Nessa primeira parte da obra fica latente a missão da narrativa, um tratado sobre a amizade, os hobbits amigos de Frodo aceitam os perigos da jornada em nome da amizade: “Estamos com um medo terrível, mas iremos ao seu lado; seguiremos você como cães”, afirma Merry em nome do grupo. 

Tolkien criou uma nova mitologia, um mundo diferente, repleto de seres fantásticos. Mais que suas habilidades o que impressiona é a nobreza de seus corações. Homens, anões, hobbits, elfos e outros seres da Terra-média unem forças contra Sauron, o Senhor do Escuro, que deseja o Um Anel para governar a todos. O mais intrigante da obra é que eles não possuem força armada para essa guerra e a esperança está nas mãos de uma pequena criatura (o hobbit Frodo). Sem aparente poder de ataque, contando apenas com sua reta intenção e com as palavras de Gandalf de que “a coragem pode ser encontrada em lugares improváveis”, a comitiva ruma para uma guerra desesperada.

A história criada por Tolkien é divida em três livros. O segundo deles é As Duas Torres. A segunda parte da obra O Senhor dos Anéis inicia após o fim da sociedade. Frodo e Sam seguem sozinhos rumo a Mordor, a morada do Senhor do Escuro, com a louca missão de destruir o Um Anel na Montanha da Perdição e o restante do grupo ruma em auxilio de Rohan e contra Isengard, a morada de Saruman. Aquele que é o líder do conselho dos magos se ilude com o poder que o Um Anel pode lhe conceder. Nessa altura do texto a narrativa é fragmentada e o leitor acompanha hora as aventuras de parte da desfeita comitiva e hora os passos do portador do anel e seu fiel amigo Samwise. Cresce na história a importância da figura de Aragorn, assim como a amizade entre Gimli (o anão) e Legolas (o elfo).

A narrativa fantasiosa, em sua veracidade interna, apresenta-se como a vida real. Ela não é uma narrativa que sai da total acomodação para uma movimentação crescente culminando em um desfecho. O Senhor dos Anéis disserta sobre uma missão e dentro dela tranquilidade e agitação se revezam, momentos bons e tristes que lapidam amizades e desvendam outras tantas. Há uma magia, mas não há um herói ou aquele que salvou o mundo. Todos que tomam parte pelo bem tem a sua missão, sua parcela de importância, por vezes uma pequena contribuição que não poderia faltar no todo.


A última parte da obra, O Retorno do Rei, mostra o confronto entre o exercito de Sauron e o exercito de Gondor. Aragorn, Gandalf e seus companheiros sabem que a força do Senhor do Escuro é muito maior, mas seguem rumo ao ataque, pois querem tirar atenção dele de suas próprias terras, dando alguma oportunidade ao portador do Anel. É nessa ultima fase que a amizade de Sam torna-se essencial ao sucesso da demanda. Ganfalf sintetiza qual a missão deles nessa guerra: “... não é nossa função controlar todas as marés do mundo, mas sim fazer o que pudermos para socorrer os tempos em que estamos inseridos, erradicando o mal dos campos que conhecemos, para que aqueles que viverem depois tenham terra limpa para cultivar”.


O Senhor dos Anéis, o Filme

Assim como a obra escrita, a adaptação de Peter Jackson é composta por três partes. A primeira delas foi lançada em 2001 e venceu 4 Oscar (fotografia, efeitos especiais, maquiagem e trilha sonora). Em 2002 a segunda parte estreou (levando 2 Oscar: edição de som e efeitos visuais). A obra cinematográfica foi concluída em 2003, a última parte da saga do Anel ganhou 11 Oscar (melhor filme, diretor, roteiro adaptado, som, efeitos especiais, trilha sonora, canção original ("Into the west"), maquiagem, edição, figurino, direção de arte).

Considerada uma das melhores adaptações. Peter Jackson fez o que pode, no entanto, a obra de Tolkien não é apenas extensa, mas cada parte é um ramo de uma nova aventura. Desta forma, no primeiro longa-metragem Tom Bombadil ficou de fora, assim como as Colinas dos Túmulos. Para manter a coerência da narrativa o diretor criou cenas. Um exemplo disso: como foi retirada a parte das Colinas dos Túmulos, onde os hobbits conseguiram suas espadas, no filme é Aragorn que as entrega aos pequenos. É o que ocorre em diversas outras partes da trilogia e vale a pena ressaltar que a obra cinematográfica conta até o momento da destruição do Um Anel e na sequência um retorno tranquilo ao Condado e a viajem além mar, contudo,  na obra escrita os hobbits encontram um Condado devastado e travam uma luta para devolver a paz as suas tocas.

Muitos não enfrentarão as mais de 1200 páginas da obra narrada por Tolkien para conhecer a Terra-Media. Vale a pena para esses conhecer a obra cinematográfica de Jackson, o diretor conseguiu fazer uma grande produção como a história merece.

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IMAGENS:
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http://www.walldesk.net/pdp/1024/07/06/Senhor%20dos%20Aneis/The-Journey,-Lord-of-the-Rings,-Return-of-the-King.jpg

Um comentário:

  1. O livro confesso que precisaria de uma boa injeção de coragem e tempo para lê-lo, mas os filmes, na minha opinião, são excelentes! Mais do que uma puta produção, mostra clamarente uma lição que carrego comigo: nao importan o quanto você é pequeno, se você quer, você pode vencer obstáculos.

    Abçs!!

    Danilo Moreira
    http://blogpontotres.blogspot.com/

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